Grupo As Virtús
Thomas Hobbes foi um pensador Inglês do século XVII, que como outros baseou seu pensamento no iluminismo e principalmente no racionalismo. Algumas de suas ideias são atemporais, presentes até hoje no conceito do Estado Moderno. Em sua teoria defendia que os homens são iguais e por isso almejam os mesmos objetivos, o que consequentemente gera conflitos (estado natural). Esta “guerra de todos contra todos”, o caos social, é evitado através do contratualismo, ou seja, a criação do Estado.
Uma das questões levantadas por Hobbes que ainda é muito forte na conjuntura atual é a idéia da “Espada pública”, ou seja, do papel de mediador exercido pelo Estado que rompe com as relações de desconfiança e competição entre os homens, assegurando-lhes, portanto, a paz. Este conceito propõe a legitimação do uso da força por parte do Estado. É notável como governantes atuais se utilizam freqüentemente deste recurso tanto de forma negativa quanto positiva. A polícia, por exemplo, é utilizada como um meio de proteger, auxiliar a população, e, ao mesmo tempo, como uma forma de conter, através da violência, aqueles que se opõe ao pensamento governista. Pode se identificar essa conduta em casos muito recentes. Em Cuba, por exemplo, a manifestação das “Damas de Branco”, composta por esposas, mães e filhas de dissidentes políticos, foi reprimida pelo Estado. No Irã, os protestos que reivindicam liberdade religiosa são constantemente oprimidos de forma brutal.

Apesar de idealizada em certos aspectos, a teoria de Hobbes se reflete em diversos tipos de governo, desde o ditatorial até o democrático. E através disso, é possível perceber o quanto é difícil organizar uma sociedade sem o papel do mediador exercido pelo Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário