segunda-feira, 12 de abril de 2010

Locke Revolucionário

Grupo Em Pauta

John Locke teve sua obre produzida entre 1602 e 1704. Dada sua importância entre a nobreza e no parlamento inglês da época e por ser advindo da burguesia, influenciou e foi influenciado pelas disputas ocorridas entre esses no contexto da Revolução Inglesa.


            Apesar de, em sua época, suas idéias liberais terem favorecido os anseios burgueses, hoje, podem ser aplicadas mais facilmente à população carente. De acordo com o pensador, todos têm direto natural à propriedade e o Estado é quem deve garantir esse direito. Direito o qual nem o próprio pode alienar. Grupos revolucionários como o MST (Movimente sem terra), podem apoiar sua batalha diária nessas palavras proferidas pelo inglês.

            Baseando-se no julgamento Lockiano, uma das condições primárias que faltam ao estado de natureza humano são leis. As mesmas, para sucederem-se, devem ser aceitas por todos aqueles que compõem uma comunidade e auxiliar na manutenção da ordem local. O Estado brasileiro, não atendendo à essa necessidade legal, deixa de beneficiar a causa que inspira esse movimento pela vida e o mantém em sua violência e marginalização.

            No Brasil, o governo preenche a descrição de Locke sobre uma soberania falha, onde faz promessas descumpridas, solicitações não atendidas e ameaças inconsistentes. Quando na relação com o MST, palavras promissoras são proferidas a cada ano eleitoral, iludindo de forma debochada uma grande parte da população. Por se tratar de um país de maioria pobre, o povo pode apenas aliar-se à sua esperança, pois não vê realmente uma mão amiga no patamar que está sobre si.

            Igualdade é uma palavra conhecida e respeitada, mas em se tratando de ação, é uma daquelas que está longe demais para se confiar em sua concretização. Reforma agrária, doação de terras, salário mínimo de vivência e não de sobrevivência não são ao menos planos, mas um chá de camomila para a massa inquieta.

            Os resultados dessa falsa política são previsíveis. Se o Estado não encontrar um modo de liderar baseado na população mais humilde, o país entrará, em um tempo não tão longínquo, em estado de guerra, o qual, segundo Locke, é marcado por inimizade e destruição. Essa situação deplorável torna-se quase que inevitável onde a miséria fala pelos os olhos daqueles em que nela se encontram. Miséria essa causada pela irregularidade da lógica trabalhista, na qual a riqueza não é proporcional ao trabalho. Miséria essa explícita no cotidiano verde e amarelo.

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